Amem
Eu não sei se é coisa minha
Mas o mundo anda febril
Muita gente nas calçadas à temer o que há de vil
Vilania, intolerância
Bolso-merdas por aí
E a gente nas calçadas à temer o que há de vil
Entre as quatro tudo pode
Inclusive eu convivi
Quando eu vim pra essa cidade, e os puteiros conheci
Pois é fato a identidade
Via não pode sair
Pra bicha não há cidade
Só parede à coagir
Me esquece ali na tua esquina
Que eu sou menina se convém
Mas se eu quiser, eu vou além
Pois se eu quiser, eu vou além
Não me afoga em escritura
Porque eu sou via também
E pra essas que eu digo amém
E pra essas que eu digo amém
Teu império há de cair
Teu império há de cair
Amén
No sé si es cosa mía
Pero el mundo está febril
Mucha gente en las aceras temiendo lo vil
Vilania, intolerancia
Bolso-mierdas por ahí
Y la gente en las aceras temiendo lo vil
Entre las cuatro todo es posible
Incluso conviví
Cuando llegué a esta ciudad y conocí los burdeles
Porque es un hecho la identidad
No puede salir a la vista
Para el marica no hay ciudad
Sólo paredes coaccionando
Olvídame en tu esquina
Que soy niña si conviene
Pero si quiero, voy más allá
Porque si quiero, voy más allá
No me ahogues en escrituras
Porque también soy vía
Y para esas digo amén
Y para esas digo amén
Tu imperio caerá
Tu imperio caerá
Escrita por: Felipe Soares / Fernando Soares