Uma flor não te dá nome
Não há jardim que te cresça
Vou saciar minha fome
Quando em ti meu olhar desça

Um silêncio que te chama
E os olhos num longo traço
Fecham-se à luz que derrama
Sobre a cama que eu desfaço

Um livro espera tristonho
Entreaberto a meu lado
Preso entre o sono e o sonho
Nem aberto nem fechado

Não há caminho que tome
Não há voz que em mim conheça
Que chegue pŽra te dar nome
Não há flor que te pareça

Composição: Fontes Rocha / Jorge Fernando