Garganta
Minha garganta estranha quando não te vejo
Me vem um desejo doido de gritar.
Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha e da sala de estar. (2x)
Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar.
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso,
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar. (2x)
Sei que não sou santa, às vezes vou na cara dura,
Às vezes ajo com candura pra te conquistar.
Mas não sou beata, me criei na rua,
E não mudo minha postura só pra te agradar. (2x)
Vim parar nessa cidade, por força das circunstâncias,
Sou assim desde criança, me criei meio sem lar.
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha é pra depois te...
...
Aprendi a me virar sozinha...
E se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar. (4x)
Garganta
Mi garganta se siente extraña cuando no te veo
Me da un deseo loco de gritar.
Mi garganta raspa la pintura y los azulejos
De tu habitación, la cocina y la sala de estar. (2x)
Vengo de madrugada a perturbar tu sueño
Como un perro sin dueño empiezo a ladrar.
Atravieso la almohada, te revuelvo por completo,
Vuelvo loca tu cabeza, la hago girar. (2x)
Sé que no soy santa, a veces actúo descaradamente,
A veces actúo con dulzura para conquistarte.
Pero no soy hipócrita, crecí en la calle,
Y no cambio mi actitud solo para complacerte. (2x)
Terminé en esta ciudad por fuerza de las circunstancias,
Así he sido desde niña, crecí un poco sin hogar.
Aprendí a arreglármelas sola
Y si te estoy dando cuerda es para luego...
...
Aprendí a arreglármelas sola...
Y si te estoy dando cuerda es para luego abandonarte. (4x)
Escrita por: Totonho Villeroy