Fico imaginando o que seria se não houvesse dor
E imaginando o eu faria se só existisse o amor
E imagino em segredo o quão seria bom
Se o ser humano aprendesse a ser humano, isso é um dom

Se a grandeza de alguém fosse medida em vários tons
Encarcerada estaria tua nobreza com os bons
Se ao fim de tarde alguém batesse em tua porta a pedir
Atenção e aconchego por um momento ia sentir

Mas tudo isso se desfaz
Se o egoísmo lhe consome
E tu apedrejas quem sacia tua fome

São duas almas que agora em codinome
Não deixarão por um instante de viver para sempre
Esquecerão do que o autor por fim escreves
Mas não me negues as palavras que no fim
Servirão de alento

Jovem vida como lágrima se foi
E junto a ti melhor amiga cujo pranto acompanhou
A primavera o outono assim levou
E o verão não vai chegar
Pois o frio do inverno assim chegou

Notas musicais que são as flores do amanhã
Da primavera que transcende as estações
E a pura neve que congela a melodia
Que tu criaste para sempre em nossos corações

Mas tão direito quanto tudo o que impõe nossos limites
É o limite do errado que limita uma vida

E o direito que temos ao estarmos vivos
É o direito que humanos necessitam
E o direito que humanos necessitam
É o direito de permanecerem vivos sempre

Composição: Wysner Max