Eu sou um livro aberto sem historias
Um sonho incerto sem memórias
Um passarinho que pousou
Eu sou um porto amigo sem navios
Um mar abrigo a muitos rios
Eu sou apenas o que sou

Eu sou um moço velho
Que já viveu muito
Que já sofreu tudo
E já morreu cedo
Eu sou um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
E não morreu surdo
Eu sou alguém livre
Não sou escravo
E nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem
Que ainda crê no amor.

Composição: Sílvio César