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Boiada Perdida

Bate Pé e Catireiro

Boiada Perdida

Tudo que nasce no mundo
Tem seu destino marcado
A sina do Zé Inácio
Era negociar com gado
Num transporte a Mato Grosso
Ajustou dois empregado
Porque os bois que ele comprava
Dia a dia aumentava
Seu trabalho era dobrado

Zé Inácio inocente
De nada não desconfiava
E aqueles peão estranho
De má fé lhe acompanhava
Pra roubar sua boiada
E o dinheiro que levava
Os marvado desordeiro
Mataram o boiadeiro
Na hora que repousava

Seguiram os dois em viagem
Tocando os bois no estradão
Nós vamos bebê a saúde
Na primeira povoação
Um deles foi buscar pinga
O outro ficou de plantão
Não se esqueça do virado
Pra nós ficar reforçado
E atravessar o sertão

Admirando a boiada
O peão pegou a pensá
Se eu ficar dono de tudo
Mais rico que eu não há
Quando o outro foi chegando
Ele correu se amoitá
Com dois tiro bem certeiro
Liquidou o companheiro
Que acabava de chegá

Tem um ditado no mundo
Quem muito quer nada tem
Quando foi comê o virado
O castigo pra ele vem
Pois estava envenenado
E ali morreu também
Hoje aquela boiada
No sertão vive alongada
Não pertence pra ninguém

Boiada Perdida

Todo lo que nace en el mundo
Tiene su destino marcado
La suerte de Zé Inácio
Era negociar con ganado
En un transporte a Mato Grosso
Contrató a dos empleados
Porque los toros que compraba
Día a día aumentaban
Su trabajo era duplicado

Zé Inácio, inocente
De nada sospechaba
Y esos peones extraños
De mala fe lo acompañaban
Para robarle su boiada
Y el dinero que llevaba
Los malvados desordenados
Matan al arriero
Mientras descansaba

Los dos siguieron viaje
Guiando los toros por el camino
Vamos a brindar por la salud
En el primer poblado
Uno fue a buscar aguardiente
El otro se quedó de guardia
No te olvides del virado
Para reforzarnos
Y cruzar el desierto

Admirando la boiada
El peón se puso a pensar
Si me hago dueño de todo
Más rico que yo no hay
Cuando el otro se acercaba
Él corrió a esconderse
Con dos tiros certeros
Liquidó al compañero
Que acababa de llegar

Hay un dicho en el mundo
Quien mucho quiere nada tiene
Cuando fue a comer el virado
El castigo le llegó
Pues estaba envenenado
Y allí también murió
Hoy esa boiada
En el desierto vive abandonada
No pertenece a nadie

Escrita por: Priminho / Teddy Vieira