395px

Vereda

Bernardo Bauer

Calçada

Se eu que já fui ao céu
Pra flagrar de antemão
Em sonhos, em vida
E em dor

Disser que em corpo eu não vou voltar
Fica bem meus irmãos
Só cuidem bem de suas
Cabeças

Eu sei, não vou
Mudar o mundo, mas
Então que eu deixe
Algum remédio
Uma passagem
Pra regredir

Calçada
Lá não tem nada não
Mas lá tem tudo, tudo, tudo, tudo
Tudo, tudo, tudo, tudo
O que esqueceu o homem

Não há nada de novo ali

Celebro hoje
O bicho que sou
Celebro agora
O bicho que sou

Vereda

Si alguna vez fui al cielo
Para anticipar
En sueños, en vida
Y en dolor

Si digo que no volveré en cuerpo
Estén bien, hermanos míos
Solo cuiden bien sus
Cabezas

Sé que no voy a
Cambiar el mundo, pero
Entonces que deje
Alguna medicina
Un pasaje
Para retroceder

Vereda
Allí no hay nada
Pero allí hay todo, todo, todo, todo
Todo, todo, todo, todo
Lo que el hombre olvidó

No hay nada nuevo allí

Hoy celebro
La bestia que soy
Ahora celebro
La bestia que soy

Escrita por: