Pela entrada de serviço
Pra não dar o que falar
Eu uso de artifício
Vou ao último andar

Fazer amor, pensando bem
Levar calor a quem tem tudo
E nada tem

No corredor
No corredor atapetado espelhado
Admiro no reflexo
O meu sexo sem complexo

Ao suar a campainha que doçura
Vem àquela criatura que me adora
Que me atura

Nosso amor é proibido, escondido
E por isso ela chora
Quando eu digo vou embora

É aí que eu deito e rolo
Rolo me embalo me embolo
E perco a noção das horas
Pela entrada

Composição: Aluísio Machado