Qual o rumo? Me perguntam, qual o rumo?
Como outrora perguntavam aos avós
Qual o rumo? Me pergunto, qual o rumo?
Seguirão, os que virão depois de nós

As madrugadas são guris com novos rumos
Com a certeza, de ser ou de não ser
Porque o gaúcho tem o dom da teimosia
E se renova ao som de cada alvorecer

O rumo é rio seguindo o curso natural
Pelos remansos, pela corredeiras
Mesmo nas cheias por um leito desigual
Leva pro mar o que juntou nas cabeceiras

A estrada velha por ter rumos conhecidos
Traz a certeza da chegada e da partida
E as emoções que se recolhem nos atalhos
São os motivos matizando as nossas vidas

Em resumo, o rumo é trilogia
Curso de rio, estrada velha e alvorecer
Por onde os Homens vão seguindo os seus caminhos
Entre a razão e a indagação do perceber

Composição: