395px

Soledad

Bruno Lima

Solidão

Sem razão, me arraste e me derrube nesse chão
Não dá mais, tão sem cais, solidão
Sem razão, me embriague com um pouco desse pão
Deste vinho sozinho, solidão

Já não posso falar, cada vez mais bate no peito
A saudade daquele a quem tenho respeito
E agora me vejo na frente do espelho
E eu que pensava que tudo era paz
Não fui capaz de entender a razão
E o vazio por dentro daquele que diz solidão

Sem razão, me morda e me cuspa nesse chão
Esmague essa culpa sem canção
Ou sem razão, me negue um pedaço do seu pão
Lava-me a boca com sabão

Soledad

Sin razón, arrástrame y déjame caer en este suelo
Ya no puedo más, tan sin rumbo, soledad
Sin razón, embriágame con un poco de este pan
De este vino solo, soledad

Ya no puedo hablar, cada vez más golpea en el pecho
La añoranza de aquel a quien respeto
Y ahora me veo frente al espejo
Y yo que pensaba que todo era paz
No fui capaz de entender la razón
Y el vacío por dentro de aquel que dice soledad

Sin razón, muerde y escupe en este suelo
Aplasta esta culpa sin canción
O sin razón, niega un pedazo de tu pan
Lávame la boca con jabón

Escrita por: Bruno Lima