Viradouro de Alma Lavada
Viradouro lava a alma nas águas de Iemanjá
Viradouro lava a alma nas águas de Iemanjá
Abraça mamãe Oxum, reina nesse conga
Abraça mamãe Oxum, reina nesse conga
Justiça de Xangô Kao pedra rolou
Justiça de Xangô Kao pedra rolou
O canto das ganhadera
O sangue que já chorei
Resiste a mulher brasileira
À vida de opressão
Morrer sem dignidade
Sofrer na mão do patrão
Cadê minha carta de alforria?
Roda baiana, Maria
Ao som do tambor Malê
Auê auê, Cavaleiro Ogum Beira-Mar
Auê auê, Patakori Ogunhê
Sequei a dor nos ventos de Iansã
Lavei muita roupa em Itapuã
Fiz quitutes pra ganhar o que já era meu
A preta pobre não se curva pro racismo
Desigualdade pesa o preço desse vil metal
Farol da praia clareou qualquer cinismo
O Treze de Maio não chegou
As lavadera agora vão pregar
Nos varais do reprimido Brasil
Flores em vida calam o fuzil
Torneado del alma lavada
Viradouro lava el alma en las aguas de Yemanjá
Viradouro lava el alma en las aguas de Yemanjá
Abraza a Mama Oxum, reina en esta conga
Abraza a Mama Oxum, reina en esta conga
Justicia de Xangô Kao piedra laminada
Justicia de Xangô Kao piedra laminada
La canción de los ganadores
La sangre que he llorado
Resiste a la mujer brasileña
A la vida de la opresión
Morir sin dignidad
Sufrir de la mano del jefe
¿Dónde está mi tarjeta de trabajo de gelatina?
Rueda Bahia, María
Al sonido del tambor Malê
Auê auê auê, Caballero Ogum Seaside
Oye, Patakori Ogunhê
Secé el dolor en los vientos de Iansã
Hice mucha colada en Itapuã
Hice quitutas para ganar lo que ya era mío
El pobre negro no se dobla ante el racismo
La desigualdad pesa el precio de este vil metal
Faro de la playa despejado cualquier cinismo
El Trece de Mayo no ha llegado
Las arandelas ahora predicarán
En las varas del Brasil reprimido
Flores en la vida silencian el rifle
Composição: Bertolo / F. Coutinho / Fábio Borges / Felipe Filosofo / Paulo Salum / Pereira / Porkinho