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Domingo de Piedra y Cal

Carlos Fernando

Domingo de Pedra e Cal

Pisando na argamassa
Do que vai ser construído
Ao longo das avenidas
Olho passeio perdido
A golpes de pedra e cal
O horizonte ferido
A golpes de pedra e cal

Longe do mar vem São Paulo
Longe do mar minha dor
Se perto estou do meu peito
Muito mais do meu gemido
Do frio aqui contraído
Entre a cama e o cobertor

Estou distante dos olhos
Dos corações futuristas
Da quase total infância
Da mulata alegria
De todo cheiro da feira
Do coração de Luzia
Distante estou das ladeiras

Domingo de Piedra y Cal

Pisando en la argamasa
De lo que será construido
A lo largo de las avenidas
Miro paseo perdido
A golpes de piedra y cal
El horizonte herido
A golpes de piedra y cal

Lejos del mar viene São Paulo
Lejos del mar mi dolor
Si cerca estoy de mi pecho
Mucho más de mi gemido
Del frío aquí contraído
Entre la cama y el cobertor

Estoy distante de los ojos
De los corazones futuristas
De la casi total infancia
De la mulata alegría
De todo olor de la feria
Del corazón de Luzia
Distante estoy de las laderas

Escrita por: Carlos Fernando / Geraldo Azevedo