Disseram Que Eu Voltei Americanizada
Disseram que eu voltei americanizada
Com o burro do dinheiro
Que estou muito rica
Que não suporto mais o breque do pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
Disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí
Que eu sei certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já "nem" existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno
Eu posso lá ficar americanizada
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno
Topando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro minhas preferidas
Eu digo mesmo eu te amo, e nunca "i love you"
Enquanto houver brasil
Na hora da comidas
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu
Me dijeron que volví americanizada
Me dijeron que volví americanizada
Con el burro lleno de dinero
Que estoy muy rica
Que ya no soporto el freno del pandero
Y me erizo escuchando una cuíca
Me dijeron que con las manos
Estoy preocupada
Y corre por ahí
Que sé cierto zum zum
Que ya no tengo salsa, ritmo, ni nada
Y de las joyas ya no queda ninguna
Pero ¿para qué tanto veneno hacia mí?
¿Acaso puedo quedarme americanizada?
Yo que nací con el samba y vivo en la tranquilidad
Aceptando toda la noche la vieja percusión
En las rondas de malandros, mis favoritas
Yo digo 'te amo' y nunca 'te quiero'
Mientras haya Brasil
En la hora de la comida
Soy de camarones en salsa con chayote
Escrita por: Luís Peixoto / Vicente Paiva