395px

Boi Soberano (part. Tião Carreiro e Pardinho)

Cezar e Paulinho

Boi Soberano (part. Tião Carreiro e Pardinho)

Me alembro e tenho saudade do tempo que vai ficando
Do tempo de boiadeiro que eu vivia viajando
Eu nunca tinha tristeza vivia sempre cantando
Mês e mês cortando estrada no meu cavalo ruano
Sempre lidando com gado, desde a idade de 15 anos
Não me esqueço de um transporte, seiscentos bois cuiabanos
No meio tinha um boi preto por nome de soberano

Na hora da despedida o fazendeiro foi falando
Cuidado com esse boi que nas guampas é liviano
Esse boi é criminoso já me fez diversos danos
Toquemos pela estrada naquilo sempre pensando
Na cidade de barretos, na hora que eu fui chegando
A boiada estourou ai, só via gente gritando
Foi mesmo uma tirania, na frente ia o soberano

O comércio da cidade as portas foram fechando
Na rua tinha um menino de certo estava brincando
Quando ele viu que morria de susto foi desmaiando
Coitadinho debruçou na frente do soberano
O soberano parou ai, em cima ficou bufando
Rebatendo com o chifre, os bois que vinham passando
Naquilo o pai da criança de longe vinha gritando

Se esse boi matar meu filho eu mato quem vai tocando
Quando viu o filho vivo e o boi por ele velando
Caiu de joelho por terra e para Deus foi implorando
Salvai meu anjo da guarda desse momento tirano
Quando passou a boiada, o boi foi se arretirando
Veio o pai dessa criança e me comprou o soberano
Esse boi salvou meu filho ninguém mata o soberano

Boi Soberano (part. Tião Carreiro e Pardinho)

Recuerdo y extraño el tiempo que se va quedando
Del tiempo de vaquero en el que vivía viajando
Nunca tuve tristeza, siempre cantando
Mes tras mes recorriendo caminos en mi caballo ruano
Siempre lidiando con el ganado desde los 15 años
No olvido un transporte, seiscientos bueyes cuiabanos
En medio estaba un buey negro llamado soberano

En el momento de la despedida, el hacendado me dijo
Cuidado con ese buey, en las guampas es liviano
Este buey es criminal, me ha causado varios daños
Seguíamos por el camino siempre pensando en eso
En la ciudad de Barretos, cuando llegué
La manada se desbocó, solo se escuchaba gente gritando
Fue realmente una tiranía, adelante iba el soberano

El comercio de la ciudad cerraba sus puertas
En la calle había un niño que estaba jugando
Cuando vio que moría de miedo, se desmayó
Pobrecito se acercó al frente del soberano
El soberano se detuvo ahí, bufaba encima
Rechazando con el cuerno a los bueyes que pasaban
En eso, el padre del niño venía gritando desde lejos

Si este buey mata a mi hijo, mataré a quien lo guía
Cuando vio a su hijo vivo y el buey velándolo
Cayó de rodillas al suelo y suplicó a Dios
Salva a mi ángel de la guarda en este momento tirano
Cuando pasó la manada, el buey se fue retirando
El padre de ese niño vino y me compró al soberano
Este buey salvó a mi hijo, nadie mata al soberano

Escrita por: Izaltino G De Paula / Pedro L De Oliveira