395px

Nostalgia de Mi Tierra (part. Belmonte y Amaraí)

Cezar e Paulinho

Saudade de Minha Terra (part. Belmonte e Amaraí)

De que me adianta
Viver na cidade
Se a felicidade
Não me acompanhar?

Adeus, paulistinha
Do meu coração
Lá pro meu sertão
Eu quero voltar

Ver a madrugada
Quando a passarada
Fazendo alvorada
Começa a cantar

Com satisfação
Arreio o burrão
Cortando o estradão
Saio a galopar

E vou escutando
O galo berrando
O sabiá cantando
No jequitibá

Por Nossa Senhora
Meu sertão querido
Vivo arrependido
Por ter te deixado

Nesta nova vida
Aqui na cidade
De tanta saudade
Eu tenho chorado

Aqui tem alguém
Diz que me quer bem
Mas não me convém
Eu tenho pensado

Eu digo com pena
Mas essa morena
Não sabe o sistema
Que eu fui criado

Tô aqui cantando
De longe escutando
Alguém está chorando
Com o rádio ligado

Que saudade imensa
Do campo e do mato
Do manso regato
Que corta as campinas

Aos domingo eu ia
Passear de canoa
Nas lindas lagoas
De águas cristalinas

Que doces lembranças
Daquelas festanças
Onde tinha danças
E lindas meninas

Eu vivo hoje em dia
Sem ter alegria
O mundo judia
Mas também ensina

Estou contrariado
Mas não derrotado
Eu sou bem guiado
Pelas mãos divinas

Pra minha mãezinha
Já telegrafei
E já me cansei
De tanto sofrer

Nesta madrugada
Estarei de partida
Pra terra querida
Que me viu nascer

Já ouço, sonhando
O galo cantando
O inhambu piando
No escurecer

A lua prateada
Clareando as estradas
A relva molhada
Desde o anoitecer

Eu preciso ir
Pra ver tudo ali
Foi lá que nasci
Lá quero morrer

Nostalgia de Mi Tierra (part. Belmonte y Amaraí)

De qué me sirve
Vivir en la ciudad
Si la felicidad
No me acompaña?

Adiós, paulistinha
De mi corazón
Allá en mi sertón
Quiero regresar

Ver la madrugada
Cuando los pájaros
Haciendo alboroto
Comienzan a cantar

Con satisfacción
Ensillo al burrón
Cortando el camino
Salgo galopando

Y voy escuchando
El gallo cantando
El sabiá entonando
En el jequitibá

Por Nuestra Señora
Mi querido sertón
Vivo arrepentido
Por haberte dejado

En esta nueva vida
Aquí en la ciudad
De tanta nostalgia
He llorado

Aquí hay alguien
Que dice quererme
Pero no me conviene
He pensado

Lo digo con pena
Pero esta morena
No entiende el sistema
En el que fui criado

Estoy aquí cantando
De lejos escuchando
Alguien está llorando
Con la radio encendida

Qué inmensa nostalgia
Del campo y del monte
Del manso arroyo
Que corta las praderas

Los domingos iba
A pasear en canoa
En las hermosas lagunas
De aguas cristalinas

Qué dulces recuerdos
De esas fiestas
Donde había bailes
Y hermosas chicas

Vivo hoy en día
Sin alegría
El mundo es duro
Pero también enseña

Estoy contrariado
Pero no derrotado
Estoy bien guiado
Por manos divinas

A mi mamita
Ya le telegrafié
Y ya me cansé
De tanto sufrir

Esta madrugada
Estaré de partida
Hacia la tierra querida
Que me vio nacer

Ya escucho, soñando
El gallo cantando
El inhambu piando
Al oscurecer

La luna plateada
Iluminando los caminos
La hierba mojada
Desde el anochecer

Necesito ir
Para ver todo allá
Fue allí donde nací
Allí quiero morir

Escrita por: Belmonte / Goia