395px

Vieja Tranquera (part. Lourenço e Lourival)

Cezar e Paulinho

Velha Porteira (part. Lourenço e Lourival)

Ao passar pela velha porteira
Senti minha terra
Mais perto de mim
De emoção
Eu estava chorando
Porque minha angústia
Chegava ao fim

Eu confesso
Que era meu sonho
Rever a fazenda onde me criei
Não via chegar o momento
De abraçar de novo
Meu querido povo
Que um dia eu deixei

Que surpresa cruel
Me aguardava
Ao ver a fazenda
Como transformou
Quase todos dali se mudaram
E a velha colônia
Deserta ficou

Os amigos que ali permanecem
Transformaram tanto
Que nem conheci
E eles não me conheceram
E nem perceberam
Que os anos passaram
E eu envelheci

E você, minha velha porteira
Também não está
Como outrora deixei
Seus mourões
Pelo tempo roídos
No solo caídos
Também encontrei

Já não ouço as suas batidas
Seu triste rangido
Lembranças me traz
Porteira, na realidade
Você é a saudade
Do tempo da infância
Que não volta mais

Vieja Tranquera (part. Lourenço e Lourival)

Al pasar por la vieja tranquera
Sentí mi tierra
Más cerca de mí
De emoción
Estaba llorando
Porque mi angustia
Llegaba a su fin

Confieso
Que era mi sueño
Volver a la hacienda donde crecí
No veía llegar el momento
De abrazar de nuevo
A mi querido pueblo
Que un día dejé

Qué sorpresa cruel
Me esperaba
Al ver la hacienda
Cómo cambió
Casi todos se habían ido de allí
Y la vieja colonia
Quedó desierta

Los amigos que aún permanecen allí
Han cambiado tanto
Que ni los reconocí
Y ellos no me reconocieron
Ni se dieron cuenta
De que los años pasaron
Y yo envejecí

Y tú, mi vieja tranquera
Tampoco estás
Como te dejé antes
Tus postes
Devorados por el tiempo
Caídos en el suelo
También encontré

Ya no escucho tus golpes
Tu triste crujido
Me trae recuerdos
Tranquera, en realidad
Eres la nostalgia
De la infancia
Que no vuelve más

Escrita por: Osvaldo Francisco Lemes