Um poente da cor do passado
um sépia cor de sangue
um olhar sonolento para longe
um horizonte perdido
um torre tombada
no xadrês do tempo
não há como voltar
à grandeza do ontem
e cai a nostalgia
como concha vazia
que a maré deixa aos pés
e roi a melancolia
um barquinho moderno no mar
com alma de argonauta
um herói cego por tanto ver
um velho sem comer
uma canoa no Tejo
um fado na taberna
e cai a nostalgia
como concha vazia
que a maré deixa aos pés
e roi a melancolia
e cai a nostalgia
como concha vazia
que a maré deixa aos pés
velha melancolia


(by N.Vieira)

Composição: