Onde foi aquele moço bom da renascença
Pai gentil das fábulas, romances e poemas?
Quem vai sustentar conosco o peso dessa pena?
Estamos todos esperando a volta do mecenas
E você diz: Olha, que linda as rosas
Quando eu digo: Acorda! Quem se importa?

Quando foi que entramos nesse estado de demência?
A cada nova década aumenta a decadência
E quem é que toma as divinas providências?
Eu não tenho pressa, mas me falta paciência
E você diz: Olha, o raiar da aurora
Quem dormir agora vai perder a hora de ver o sol nascer

Pois ainda há tempo para a nova renascença
Pra abençoar nossos romances e poemas
E fazer sorrir a tinta dessas novas penas
Haverá de vir, um dia, a volta do mecenas

Olha, o raiar da aurora
Quem dormir agora vai perder a hora
De ver o sol nascer, de ver o sol nascer

Pois ainda há tempo para a nova renascença
Pra fazer sorrir nossos romances e poemas
E abençoar a tinta dessas novas penas
Haverá de vir, enfim, a volta do mecenas

Composição: Matheus Torreão