Nem sempre o que tu olhas
E sentes atração
No mesmo instante vai te receber
As gotas no telhado
Em precipitação
Às vezes molham sem poder chover

É tão ruim pensar
Que eu não entendo a sua dor
É tão ruim saber
Que o que você sentiu passou pelo tempo
E não repousou por aqui

Cenas passadas que tu vê
Correndo ao teu encalço
Quem te observa nada vê, semblante em paz
Transparecendo educação

Não te condenes por viver
Recolhe as tuas horas
O temporal passou e eu te agasalhei
Sob os estrondos do trovão

Que o fogo possa assim varrer
As vespas e outras pragas
E nossa vida possa assim acontecer
Como uma doce erupção

Abre a janela pro amanhã, inspira
Molha teu rosto e rugas
As pedras soltas vão cair
E enterrá-la ao rés-do-chão

Cenas passadas que tu vê
Correndo ao teu encalço
Quem te observa nada vê, semblante em paz
Transparecendo educação

Abre a janela pro amanhã, inspira
Molha teu rosto e rugas
As pedras soltas vão cair
E enterrá-la ao rés do chão

Composição: Lázaro Omena