Nem toda Rosa é Noel
Nem todo Cristo é judeu
Nem toda Vila é Isabel
Nem toda gravidez nasceu

O passado, lá na praça,
não tem graça, não tem sobrenome
O futuro, sem escola
cheira cola e esquece da fome

A gente nasce, cresce e morre nas mãos
desse podre poder
que te escraviza e te programa
Pra quê?
Só pra obedecer
Só se esqueceram de um detalhe:
De quê?
Como é que se faz... pra sobreviver?
Pra sobreviver... pra sobreviver
Pra sobreviver... pra sobreviver

***

Composição: Dáblio Vasconcelos