Penugem Arapuca
Pelos teus cabelos e o teu pescoço me afogo, roço
Esqueço os modos dos dedos, olhos, boca, calo, unha, punho, pulso
Alvoroço, cada um dos meus sentidos todos cegos
Essa penugem arapuca, muvuca emaranhada
Sinestesia maluca, delicada
Soltos fios de tudo entre orelha e a nuca
Quase pele, quase pelo, quase nada
Minhas linhas traçam minha meta
Tua silhueta, preta
Nos suspiros melhoro
Ninho, rede, redemoinho
E me crio sozinho
E confio meus caminhos
Aos poros
Essa penugem arapuca, muvuca emaranhada
Sinestesia maluca, delicada
Soltos fios de tudo entre orelha e a nuca
Quase pele, quase pelo, quase nada
Pelusa Trampa
En tus cabellos y tu cuello me ahogo, rozo
Olvido las formas de los dedos, ojos, boca, silencio, uña, puño, pulso
Alboroto, todos mis sentidos ciegos
Esta pelusa trampa, enredo revuelto
Sinestesia loca, delicada
Hilos sueltos de todo entre la oreja y la nuca
Casi piel, casi pelo, casi nada
Mis líneas trazan mi meta
Tu silueta, oscura
En los suspiros mejoro
Nido, red, remolino
Y me creo solo
Y confío mis caminos
A los poros
Esta pelusa trampa, enredo revuelto
Sinestesia loca, delicada
Hilos sueltos de todo entre la oreja y la nuca
Casi piel, casi pelo, casi nada
Escrita por: Eduardo Brechó / Metheus Von Kruger