O Velho e o Moço
Deixo tudo assim
Não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto.
Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer, que eu preciso sim
De todo o cuidado
E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz,
Quem então agora eu seria?
Ah, tanto faz
Que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu, quem será?
Deixo tudo assim,
Não me acanho em ver
Vaidade em mim
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.
Sei do escândalo
E eles têm razão
Quando vêm dizer
Que eu não sei medir
Nem tempo e nem medo
E se eu for
O primeiro a prever
E poder desistir
Do que for dar errado?
Ahhh
Ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição
Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir
El Viejo y el Joven
Dejo todo así
No me importa ver la edad en mí,
Escucho lo que conviene
Me gusta es el derroche.
Sé del malestar y ella tiene razón
Cuando viene a decir que sí necesito
Todo el cuidado
Y si fuera el primero en regresar
Para cambiar lo que hice,
¿Entonces quién sería ahora?
Ah, da igual
Lo que no fue, no es
Sé que aún volveré...
Pero yo, ¿quién seré?
Dejo todo así,
No me avergüenzo de ver
Vanidad en mí
Digo lo que corresponde.
Me gusta el desastre.
Sé del escándalo
Y tienen razón
Cuando vienen a decir
Que no sé medir
Ni el tiempo ni el miedo
Y si fuera
El primero en prever
Y poder renunciar
A lo que salga mal?
Ahhh
Ora, si no soy yo
¿Quién más decidirá
Qué es bueno para mí?
¡Descarto la predicción!
Ah, si lo que soy
Es también lo que elegí ser
Acepto la condición
Voy llevando así
Que el azar es amigo
De mi corazón
Cuando me habla,
Cuando sé escuchar