395px

Campeón del Pialo (ft. José Camillo)

Daniel

Campeão do Pialo (part. José Camillo)

A gente quando é criança aprende aquilo que vê
Meu pai era boiadeiro eu também queria ser
Com sete anos de idade já comecei aprender
Laçando alguns bezerrinhos na hora de recolher
Cheio de satisfação escutei meu pai dizer
Este menino a cavalo vai ser o campeão do pialo
No dia que ele crescer

Quando foi um certo dia a minha mãe teve ciúme
Meu filho não lide mais seu pai e os peões que se arrume
Se você for doutor um grande cargo assume
Não fica um peão jogado nos campos e pelos batumes
Vou te botar de castigo se acaso não se aprume
Se um dia eu te ver jogado, seu pai vai ser o culpado
Por não tirar o seu costume

Uma noite eu saí de casa varando sertão adentro
Me ajustei com um boiadeiro por nome João Nascimento
Fomos buscar uma boiada pras bandas de Livramento
O boiadeiro dizia que eu era de bom de talento
Não falo por ser gabola e nem por convencimento
Jogava o laço no escuro notava o marruá seguro
Pelo rangido dos tentos

Depois que eu saí de casa passou dez anos ou mais
Eu fui buscar uma boiada lá no sertão de Goiás
Quando eu cheguei no rio grande a enchente tava demais
Ali tinha uma boiada com dez peões e capataz
Quando o rio foi abaixando que a balsa encostou no cais
A boiada pulou na água e o peão nessa hora amarga
Jogou seu burrão atrás

O burro estava cansado e não aguentou a correnteza
O peão gritou por socorro eu acudi com destreza
Fiz três rodilhas no laço joguei com toda certeza
Lacei pro meio do corpo, não sei se foi por proeza
Ao trazer ele pra fora foi grande a minha surpresa
O peão gritou surpreendido me abrace filho querido
Você foi minha defesa

Campeón del Pialo (ft. José Camillo)

Cuando somos niños aprendemos lo que vemos
Mi papá era vaquero, yo también quería ser
A los siete años ya empecé a aprender
Lanzando algunos terneritos al momento de recoger
Lleno de satisfacción escuché a mi papá decir
Este niño a caballo será el campeón del pialo
El día que crezca

Un día mi mamá tuvo celos
Hijo, no te juntes más con tu papá y los peones, arréglate
Si llegas a ser doctor, un gran puesto asumirás
No te quedes como un peón tirado en los campos y por los caminos
Te voy a poner de castigo si no te enderezas
Si un día te veo tirado, tu papá será el culpable
Por no quitarte esa costumbre

Una noche salí de casa adentrándome en el campo
Me uní a un vaquero llamado João Nascimento
Fuimos a buscar una manada hacia Livramento
El vaquero decía que yo tenía buen talento
No hablo por ser presumido ni por convencimiento
Lanzaba el lazo en la oscuridad, notaba el marruá seguro
Por el crujido de los tentos

Después de salir de casa pasaron diez años o más
Fui a buscar una manada en el sertão de Goiás
Cuando llegué al río grande, la crecida estaba brutal
Ahí había una manada con diez peones y un capataz
Cuando el río bajó y la balsa tocó el muelle
La manada saltó al agua y el peón en ese momento amargo
Lanzó su burro atrás

El burro estaba cansado y no aguantó la corriente
El peón gritó pidiendo ayuda, yo acudí con destreza
Hice tres vueltas con el lazo, lo lancé con toda certeza
Laceé por el medio del cuerpo, no sé si fue por destreza
Al sacarlo de ahí, fue grande mi sorpresa
El peón gritó sorprendido, me abrazó, hijo querido
Tú fuiste mi salvación

Escrita por: Sulino / Teddy Vieira