395px

Antagónico

Devaneio Óbvio

Antagônico

Há o que não cansa, isto é o que procuro
Um conforto que confronte os apuros
Toca uma música sem dança, destrói o silêncio
Silencia o que eu penso, sinaliza uma análise

Machuco sem força extrema e eu sei que dói
Pois em mim vive uma sede antiga
Que transforma em ferida
O que em ti é algo maior

Haveria nó nem trança, não sinto-me como deveria
Se na sua companhia fico bem
Em ausência creio que eu estou melhor
Ver teu sofrimento por decepções seria o começo do meu

Eu torço pela felicidade conjunta, mesmo que nos separe
Não fale, não ore; certos discursos dispensam as crenças
Assim como um corpo fraco acaba sendo convite para doenças
Em mesmo grau toda diversidade tem um lado ruim

Há o que não cansa, isto é o que procuro
Um conforto que confronte os apuros

Antagónico

Hay algo que no se cansa, eso es lo que busco
Un consuelo que desafíe las dificultades
Suena una música sin baile, destruye el silencio
Silencia lo que pienso, señala un análisis

Lastimo sin extrema fuerza y sé que duele
Porque en mí vive una sed antigua
Que convierte en herida
Lo que en ti es algo mayor

No habría nudos ni trenzas, no me siento como debería
Si en tu compañía estoy bien
En tu ausencia creo que estoy mejor
Ver tu sufrimiento por decepciones sería el comienzo del mío

Deseo la felicidad conjunta, aunque nos separe
No hables, no ores; ciertos discursos prescinden de las creencias
Así como un cuerpo débil termina siendo una invitación a enfermedades
En igual medida, toda diversidad tiene un lado negativo

Hay algo que no se cansa, eso es lo que busco
Un consuelo que desafíe las dificultades

Escrita por: Gabriel Marques / Murilo Bodo / Rafael Henrique / William Cesar