Daltônico Varela
Seu Varela como mestre mor da escola
Aluno jamais tomou cola
Por culpa de um bom professor
Que sonhando ver seu país melhor
Fez de ruína ouro em pó
Seu Varela
Lutava em busca de um futuro promissor
Mas a injustiça, a discriminação social
Plano Cruzado arrasado, uma calamidade geral
Deixando em seu peito uma ferida
Que mudou sua vida
Que foi tragada na enxurrada de um temporal
Tal qual esse intelectual, tantos intelectuais
Estão perdidos, nessa estrada
Capaz de tudo, sem direito a nada
Capaz de tudo, sem direito a nada
No querer!
No querer dessa querência
Seu querer não foi poder
Tá maluco, daltônico, caduco
E ainda faz o meu coração sofrer
O meu coração sofrer
Mistura as cores
Berimbola troca as bolas
Mesmo assim não pede esmola
Nem dá bola pra ninguém
Seu Varela está com a mente abilolada
Diz que a aquarela do Brasil
Tá totalmente errada
E ainda vê vermelho
No verde da bandeira idolatrada
E ainda vê vermelho
No verde da bandeira idolatrada
Varela Daltonico
Varela como el maestro mayor de la escuela
Nunca copió de un alumno
Gracias a un buen profesor
Que soñaba con ver un país mejor
Convirtió la ruina en oro en polvo
Varela
Luchaba por un futuro prometedor
Pero la injusticia, la discriminación social
El Plan Cruzado arrasado, una calamidad general
Dejando una herida en su pecho
Que cambió su vida
Que fue arrastrada por la inundación de un temporal
Al igual que este intelectual, muchos intelectuales
Están perdidos en este camino
Capaces de todo, sin derecho a nada
Capaces de todo, sin derecho a nada
No querer
No querer de esta querencia
Su deseo no fue poder
Está loco, daltónico, caduco
Y aún hace sufrir a mi corazón
A mi corazón
Mezcla los colores
Confunde las cosas
Aun así no pide limosna
Ni le importa a nadie
Varela tiene la mente confundida
Dice que la acuarela de Brasil
Está totalmente equivocada
Y aún ve rojo
En el verde de la bandera idolatrada
Y aún ve rojo
En el verde de la bandera idolatrada
Escrita por: Beto Sem Braço / Serginho Meriti