395px

Baião de la Calle

Fagner

Baião de Rua

Olho de menino da cidade
Não demora sabe vadiar
Carro, geladeira, liberdade
Tudo chora pelo seu olhar

É um menino nú
Que brotou do chão
Perto do sinal
Perdeu a luz, pedindo pão

Quando a lua branca
Vai subindo aos pedaços sobre a construção
Eu fico sonhando em teus braços
E adormeço na televisão

Fica tudo azul
Quando a noite cai
Onde a vida vai
Até nascer o sol

Somos um, somos dois, somos três
No asfalto, somos quatro
Contra cinco
Somos sete, canivetes

Um biscoito pra nós oito
E um bilhão pro barão
Ô baião
do Brasil baião

Um anum, dois arroz
Três pedrez, pau no gato
Pé de pato, pé de pinto
Um pivete e sua gilete

Não tem bola, quero cola
Ô baião
do Brasil baião
Sabiá já voou, sumiu

Baião de la Calle

Ojo de niño de la ciudad
No tarda en saber vagabundear
Auto, nevera, libertad
Todo llora por su mirar

Es un niño desnudo
Que brotó del suelo
Cerca del semáforo
Perdió la luz, pidiendo pan

Cuando la luna blanca
Va subiendo a pedazos sobre la construcción
Yo me quedo soñando en tus brazos
Y me duermo frente al televisor

Todo se vuelve azul
Cuando cae la noche
Hacia dónde va la vida
Hasta que salga el sol

Somos uno, somos dos, somos tres
En el asfalto, somos cuatro
Contra cinco
Somos siete, navajas

Una galleta para nosotros ocho
Y mil millones para el barón
Oh baião
del Brasil baião

Un anum, dos arroz
Tres piedras, palo al gato
Pata de pato, pata de pollo
Un chico y su navaja

No hay pelota, quiero pegamento
Oh baião
del Brasil baião
El zorzal ya voló, desapareció

Escrita por: Fausto Nilo / Nonato Luiz