Cheiro de Mato

Ai, ai o mato, o cheiro,o céu
O rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta prá mim
E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã
Nessa clareira o Sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente

Taperebá
Canela, tapinhoã, nã nã nã nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira
Em contra-ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mais boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu

Aroma de arbustos

Oh, oh, lo mataré, el olor, el cielo
El ruiseñor en el centro de Brasil
El Uirapuru me canta
Y yo soy feliz
Sólo porque puede ser
Sólo porque es mañana, mañana, mañana
Buenos días, buenos días
En este despejar el sol
Desvestirse como una broma
Implica caliente a cada ser vivo

Tapereba
Canela, tapinhoã, no no no no no
Yo no hago nada
Para molestar al loco, loco pájaro
O inhibir cualquier planta de amapola
O asustar a las guaribas en la masilla
En contrapunto con gorriones urbanos
Tan feliz se desató en mis planes
Más mordido que mis veinte años
Indócil y libre como yo

Composição: Fátima Guedes