395px

Parasiten

Fernando Tordo

Parasitas

Anastácio Pimpinela em roupão de cetim
Atirou-se da janela pensando que era o fim
E escreveu no testamento com tinta perfumada
Que ninguém o privaria da propriedade privada

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!

Agapito Rapazote¹ grande latifundiário
Pendurou-se num barrote para não pagar o salário
E o resto da canalha, capatazes e polícias
Embarcou para o Brasil para reforçar as milícias

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!

Eleutério Pintassilgo que roubou o que podia
Tirou bilhete de ida e foi fazer queixas à CIA
Foi dizer que os comunistas são do pior que há
Mas socialismo em liberdade ainda vá que não vá

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!

E as seitas dos traidores do monóculo no olho
Foi fazer guerras civis para o meio do restolho
Mas o perigo continua aqui mesmo à nossa porta
Enquanto a reacção não estiver morta e bem morta

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
São os latifundistas, são os monopolistas, são os colonialistas
Enfim os parasitas!
Enfim a reacção!

Parasiten

Anastácio Pimpinela im Satin-Roben
Sprang aus dem Fenster, dachte, es sei das Ende
Und schrieb im Testament mit duftender Tinte
Dass ihn niemand von seinem Eigentum trennen könnte

Wer hat Angst vor dem Kommunismus?
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!

Agapito Rapazote, großer Großgrundbesitzer
Hängte sich an einen Balken, um den Lohn nicht zu zahlen
Und der Rest der Bande, Aufseher und Polizisten
Machte sich auf den Weg nach Brasilien, um die Milizen zu verstärken

Wer hat Angst vor dem Kommunismus?
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!

Eleutério Pintassilgo, der stahl, was er konnte
Kaufte ein Ticket für die Hinfahrt und ging zur CIA
Sagte, dass die Kommunisten das Schlimmste sind
Aber Sozialismus in Freiheit, das könnte man noch akzeptieren

Wer hat Angst vor dem Kommunismus?
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!

Und die Sekten der Verräter mit dem Monokel im Auge
Machten Bürgerkriege aus dem Rest der Ruinen
Doch die Gefahr bleibt hier direkt vor unserer Tür
Solange die Reaktion nicht tot und begraben ist

Wer hat Angst vor dem Kommunismus?
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Das sind die Großgrundbesitzer, die Monopolisten, die Kolonialisten
Kurz gesagt, die Parasiten!
Kurz gesagt, die Reaktion!

Escrita por: Fernando Tordo / José Jorge Letria