Pra que mentir?
A solidão da minha
Fonte de saudade
Veio ferir meu coração
Quando perdí tua amizade

Pra que mentir?
Este poema inebriante
Dos meus ains
Foi inspirado
A luz da Lua
Dentro de um sonho
E nada mais

És para mim um sonho
Que jamais se finda
A iluminar a negra
E fria solidão
És para mim uma
Ventura sempre linda
Em tua sombra eu vejo
A minha inspiração

Pra que mentir?
Esta nevrose sacro-santa
Dos teus beijos
Veio lenir os lábios meus
Amortecidos de desejos

Pra que mentir?
Cego de amor
Deixei minha alma
Semi-louca!
Fui encontrar
A minha cruz
No doce mel
De tua boca

Composição: Milton Amaral