Moleque

No tiro, estilingue, bodoque
O teco, o toque, o coque
No quengo, na cuca, cabeça
De qualquer caraça avessa
Qualquer carantonha fechada
Azeda de feia zangada
Que mexa, chateia, me bula
Pra ver quanto alto sapo pula
Pedra vai levar

Ah! Moleque, se um dia eu te pego
Erva daninha, estrepe
De ripa, marmelo te esfrego
Moleque, vem cá
Moleque moleque, vem cá
Moleque
Não, não eu não vou lá
Ah! Vem me pegar, quero ver

De mão, de pé, pau cajado
No tapa, na briga me acabo
Revolvo, reviro, decido
E mesmo no ganho ou perdido
Me amigo ao amigo inimigo
Me livro do mau e do perigo
De bicho pelado que trança
Idéias de uma vingança
Que é pra me cuidar

Ah! Moleque, se um dia eu te pego
Erva daninha, estrepe
De ripa, marmelo te esfrego
Moleque, vem cá
Moleque moleque, vem cá
Moleque
Não, não eu não vou lá
Ah! Vem me pegar, quero ver

Fruto gostoso, desejado
Lua, vizinho, cuidado
Cercadura, arame rela
Rosto, rosa, luz, janela
Cio, assovio, voz rouca
Beijo estalado na boca
Depois a corrida abraçado
No peito o gosto de um amor roubado
Que é só pra provar

Ah! Moleque, se um dia eu te pego
Erva daninha, estrepe
De ripa, marmelo te esfrego
Moleque, vem cá
Moleque moleque, vem cá
Moleque
Não, não eu não vou lá
Ah! Vem me pegar, quero ver

No medo, não tremo, não corro
Avanço, me lanço, estouro
Valente, eito combato
E ao mesmo tempo me trato
Covarde na sabedoria
Que ergue, cresce, se cria
Só na hora boa e precisa
E corta o mal bem onde enraíza
Que é pra não voltar

Ah! Moleque, se um dia eu te pego
Erva daninha, estrepe
De ripa, marmelo te esfrego
Moleque, vem cá
Moleque moleque, vem cá
Moleque
Não, não eu não vou lá
Ah! Vem me pegar, quero ver

Muchacho

Sin tiro, tirachinas, bodoque
El techo, el toque, el bollo
Sin quengo, sin cuca, cabeza
De cualquier culo reacio
Cualquier cara cerrada
Acedera fea enojada
Muévete, enfadado
Para ver qué tan alto salta una rana
La piedra conducirá

Ah! Chico, si alguna vez te atrapo
Hierba, cepa
Tablilla, membrillo, te froto
Chico ven aquí
Chico ven aquí
Chico
No, no voy a ir allí
Ah! Ven a buscarme, quiero ver

Mano, de pie, personal
En la bofetada, en la lucha termino
Revolvo, reviro, decide
E incluso en ganancia o pérdida
Amigo a amigo enemigo
Deshazte de lo malo y del peligro
De animal desnudo que trenza
Ideas para una venganza
Que es cuidarme

Ah! Chico, si alguna vez te atrapo
Hierba, cepa
Tablilla, membrillo, te froto
Chico ven aquí
Chico ven aquí
Chico
No, no voy a ir allí
Ah! Ven a buscarme, quiero ver

Fruta deliciosa y deseada
Luna, vecina, ten cuidado
Cercado, alambre relativo
Cara, rosa, luz, ventana
Pitido, silbido, voz ronca
Beso estalló en la boca
Después de la carrera abrazada
En el cofre el sabor de un amor robado
Lo cual es solo para probar

Ah! Chico, si alguna vez te atrapo
Hierba, cepa
Tablilla, membrillo, te froto
Chico ven aquí
Chico ven aquí
Chico
No, no voy a ir allí
Ah! Ven a buscarme, quiero ver

Con miedo, no tiemblo, no corro
Avance, lanzamiento, explosión
Valiente, luchando
Y al mismo tiempo me trato
Cobarde en la sabiduría
Eso eleva, crece, crea
Solo en tiempo bueno y preciso
Y corta el mal justo donde arraiga
Eso no es volver

Ah! Chico, si alguna vez te atrapo
Hierba, cepa
Tablilla, membrillo, te froto
Chico ven aquí
Chico ven aquí
Chico
No, no voy a ir allí
Ah! Ven a buscarme, quiero ver

Composição: Gonzaguinha