Vai tremer o chão vai tremer
É nó na madeira, segura que eu quero ver
Coisa de pele batuk ancestral
Lá vem a sinfonia imperial

Bateu mais forte o coração
Tocou, senti a vibração
Da África, ressoou
A batucada que se espalha nesse chão
Lua clareia na aldeia, celebração
É dom de comunicação
Em cada cultura entoa rituais
Cura em devoção, magia dos sinais
É festa é kizomba, no toque pra Zumbi
Firma o ponto na gira não deixa cair

Na ginga do corpo
Na batida do pé, axé, axé!
Eleva a alma, o canto e a dança
Unindo as raças na fé e na esperança

Ecoou
O som divino do folclore popular
Batam palmas o cortejo vai passar
É o "fervo" que desce a ladeira
O batuque levanta poeira... capoeira
Dita moda, faz inclusão
Recria uma nação, guerreira
Batuqueiro, arrasta multidões
Nos blocos e cordões
Do Jongo aos salões
Conquistou a nobreza, fez sua realeza
O primeiro Império da corte do samba
Meu Império celeiro de bambas

Composição: Alexandre Alegria / Karine Santos / Marcio André / Rono Maia / Tatá / Vaguinho