395px

Con la certeza de quien no sabe nada

Gustavo Macaco

Com a Certeza de Quem Não Sabe Nada

Eu acordo ouvindo vozes a falar
Que ela ainda está por vir
Como em cena de filme de Almodovar
As horas, elas já não passam por aqui
O desapego
Com seu apelo ao impossível
Nos alivia
Enquanto o velho medo
Tenta afastar todo o perigo
E nos denuncia
Com a certeza de quem não sabe nada

Decidi me entregar
Com a certeza de quem não sabe nada
Já não penso mais na perda que pesou
Quem escolhe renuncia
Como diz Paul Verlaine a Arthur Rimbaud
Amor, somos pólvora e poesia
E esse vazio
Que nos inspira e apavora
Já não judia

Distância versos tempo
Produto bruto dessa história
Que se anuncia
Quisera eu
Que a vida fosse um arroz doce
Uma dolce vitta
Livre do arbítrio
Aceitando o meu destino
Que se pronuncia
Com a certeza de quem não sabe nada
Decidi me entregar
Com a certeza de quem não sabe nada

Con la certeza de quien no sabe nada

Me despierto escuchando voces hablar
Que ella aún está por venir
Como en escena de película de Almodóvar
Las horas, ya no pasan por aquí
El desapego
Con su llamado a lo imposible
Nos alivia
Mientras el viejo miedo
Intenta alejar todo peligro
Y nos delata
Con la certeza de quien no sabe nada

Decidí entregarme
Con la certeza de quien no sabe nada
Ya no pienso en la pérdida que pesó
Quien elige renuncia
Como dice Paul Verlaine a Arthur Rimbaud
Amor, somos pólvora y poesía
Y ese vacío
Que nos inspira y aterra
Ya no castiga

Distancia versus tiempo
Producto bruto de esta historia
Que se anuncia
Quisiera yo
Que la vida fuera un arroz con leche
Una dolce vita
Libre del arbitrio
Aceptando mi destino
Que se pronuncia
Con la certeza de quien no sabe nada
Decidí entregarme
Con la certeza de quien no sabe nada

Escrita por: Gustavo Macacko