Se ouvires alguém dizer que te esqueci
Não faças caso, não faças caso
Não foi por tua causa que parti
Nem por acaso, nem por acaso

Não temos passaporte para a vida
Passamos as fronteiras sempre a salto
Não há quem olhe por nós lá no alto
E só nos resta a porta de saída
Então aquilo a que chamamos vida
É o destino tomado de assalto

Por isso

Os rios nascem à tua procura
O sol põe-se sempre ao teu redor
Qualquer casa parece melhor
Com uma janela para a tua brancura
E cada barco que passe, é uma jura
De amor eterno, de eterno amor

Por isso

Não temos passaporte para a vida
Por muito que a saudade às vezes doa
Mas quando o nosso coração entoa
O fado triste de uma despedida
Sabemos o nosso lugar na vida
E toda a parte nos lembra Lisboa

Composição: João Gil / João Monge