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Nunca me pidan que dé de gratis todo lo que tengo para vender - Parte 01

Herbert Lucena

Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê de Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho Pra Vender - Parte 01

Vou agora falar para vocês
De uma coisa que até me contraria
Quando chegam com certa cortesia
E me dizem por mais de uma vez
Que preciso ganhar o meu freguês
Trabalhando sem nada receber
E com isso tentam me convencer
Mas ladainha não me embaraça
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra vender
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra viver

Canto sempre o coco sincopado
Esse ritmo é minha profissão
E por isso não faço doação
Sobre tudo que tenho pesquisado
Histórias do presente e do passado
Tenho muito a cantar e pra dizer
Quem quiser essa arte conhecer
Olhe, eu trago no peito e na raça
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra vender
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra viver

Todo bom lutador só quer ganhar
Esse mote inspira o meu estudo
Se tentar me enganar não fico mudo
E pra todos os cantos vou gritar
E não pensem vocês que vou calar
Pelo que eu faço quero receber
E o que faço poucos vão fazer
E nem vão levar a toda a praça
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra vender
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra viver

Eu nasci pra cantar coco e ciranda
E forró que tem boa freguesia
Mas nas rádios não toco todo dia
Pelo jeito esse cartel comanda
Escolhendo quem cresce e quem não anda
Porém minha construção não vou ceder
Nem tão pouco de bandeja oferecer
Aos que não bebem da minha cachaça
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra vender
Não me peçam jamais que eu dê de graça
Tudo aquilo que eu tenho pra viver

Nunca me pidan que dé de gratis todo lo que tengo para vender - Parte 01

Voy a hablarles ahora
De algo que incluso me molesta
Cuando vienen con cierta cortesía
Y me dicen más de una vez
Que debo ganarme a mi cliente
Trabajando sin recibir nada
Y con eso intentan convencerme
Pero la letanía no me confunde
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vender
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vivir

Siempre canto el coco sincopado
Ese ritmo es mi profesión
Y por eso no hago donaciones
Sobre todo lo que he investigado
Historias del presente y del pasado
Tengo mucho que cantar y decir
Quien quiera conocer este arte
Miren, lo llevo en el corazón y en la raza
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vender
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vivir

Todo buen luchador solo quiere ganar
Ese lema inspira mi estudio
Si intentan engañarme no me quedo callado
Y a todos lados gritaré
Y no piensen ustedes que me quedaré callado
Por lo que hago quiero recibir
Y lo que hago pocos harán
Y no lo llevarán a toda la plaza
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vender
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vivir

Nací para cantar coco y ciranda
Y forró que tiene buena clientela
Pero en las radios no sueno todos los días
Por lo visto este cartel manda
Escogiendo quién crece y quién no avanza
Pero no cederé mi construcción
Ni mucho menos ofrecer en bandeja
A aquellos que no beben de mi caña
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vender
Nunca me pidan que dé de gratis
Todo lo que tengo para vivir

Escrita por: Alexandre Rasec / Climério De Oliveira / Herbert Lucena / Ruzza