Dragões Canta Asa Branca
Nordestino é valente e sonhador
A coragem me dá força pra lutar
Eu sou Dragões da Real
Cabra da peste!
E peço a Deus do céu pra me abençoar
Ó sagrado chão
Que toma a forma de lamento
Suplicando pela chuva no sertão
As mãos se erguem ao firmamento
Mas as gotas no solo rachado
São apenas lágrimas de dor
Quando oiei a terra ardendo
Nem um pé de prantação
E no peito tanto amor
A vida sofre e vou me embora
Feito asa branca que voou, voou
Adeus rosinha não chore não
No pau-de-arara vou seguir meu caminhar
Na bagagem a esperança
E o nordeste onde quer que eu vá
Meu padim ilumine essa jornada
Nestas bandas tem de tudo
Corre-corre de outro mundo
E eu aqui na solidão
Eta saudade danada
Do meu pedacinho de chão
Sei qual é o meu lugar!
Sim, um dia vou voltar!
Dançando e relembrando teu tempero
Encontrei a festa da minha raiz
Toca o fole arretado sanfoneiro
Onde o povo é mais feliz!
Dragones Cantan Asa Blanca
Nordestino es valiente y soñador
La valentía me da fuerzas para luchar
Soy Dragones de la Real
¡Cabro de la peste!
Y le pido a Dios del cielo que me bendiga
Oh sagrado suelo
Que se convierte en lamento
Suplicando por la lluvia en el sertón
Las manos se elevan al firmamento
Pero las gotas en el suelo agrietado
Son solo lágrimas de dolor
Cuando vi la tierra ardiendo
Ni un pie de plantación
Y en el pecho tanto amor
La vida sufre y me voy
Como asa blanca que voló, voló
Adiós rosita no llores
En el camión de carga seguiré mi camino
En la maleta la esperanza
Y el nordeste donde sea que vaya
Mi patrón ilumine este viaje
Por estos lares hay de todo
Corre-corre de otro mundo
Y yo aquí en la soledad
Qué nostalgia tan grande
De mi pedacito de tierra
¡Sé cuál es mi lugar!
¡Sí, un día volveré!
Bailando y recordando tu sazón
Encontré la fiesta de mis raíces
Suena el acordeón endiablado
Donde la gente es más feliz!
Escrita por: Emerson / Galo / Galotrem / Godoi / Lincoln / Marcelo / Meiners / Moreno / Morganti / Tubino / Victor Alves