Poema de Minha Terra

Ouvi cantar ao longe a siriema na melodia que o sertão me traz,
Então eu quis falar em um poema
Da bela terra que foi de meu pai,
Ribeirão sujo foi aqui um dia
Que em suas margens fiz o meu quintal,
A nossa casa ergui de alvenaria
Cerquei piquetes e fiz o curral,

Criei raizes como um sertanejo
Dos meus estudos cheguei abrir mão,
Pois era sempre esse o meu desejo
De estar de volta e cuidar do chão,
Ribeirão sujo são tantas histórias
Que em suas margens já posso contar,
Leve em teu leito cheio de memórias
Estes meus versos pra outro lugar

Quero dizer da água cristalina
Que desce a serra sempre em profusão
Vem lá do alto ao jorrar da mina
Que é preservada com dedicação
Falar também de outra formosura
Daquela pedra que é magistral,
Até parece ser uma escultura
Que Deus mandou pra ser um seu sinal

Falo da terra que é de primeira
De matas virgens pra se admirar
Aqui ainda tem muita aroeira
Tem muito cedro e o jacarandá
Gosto de ver a forma do relevo
Fazendo ondas na verde pastagem,
Se eu pudesse era o meu desejo
Estar aqui pra toda eternidade,

Se algum dia eu partir primeiro, e a companheira por aqui ficar,
Só um pedido que por derradeiro, para meus filhos tenho pra deixar,
Quero que aquela que foi meu esteio, e ao meu lado sempre quis estar,
A mãe que lhes ofereceu o seio nunca se esqueçam eles de cuidar!

Poema de mi tierra

Escuché cantar a lo lejos el syriema en la melodía que me trae el backwoods
Así que quería hablar en un poema
De la hermosa tierra que era de mi padre
Ribeirão sucio estuvo aquí un día
Que en sus costas hice mi patio trasero
Nuestra casa erigida de mampostería
Rodeé piquetes e hice el corral

Levanté raíces como un país
De mis estudios he venido a dar la mano
Porque eso fue siempre mi deseo
De estar de vuelta y cuidar el piso
Sucio Ribeirão son tantas historias
Que en sus costas ya puedo contar
Llévate a tu cama llena de recuerdos
Estos versículos míos en otra parte

Me refiero al agua cristalina
Que baja la montaña siempre en profusión
Viene de lo alto como brota de la mina
Que se conserva con dedicación
Para hablar también de otra belleza
De esa piedra que es magistral
Parece una escultura
Que Dios envió para ser tu signo

Estoy hablando de la tierra que es la primera
De bosques vírgenes para admirar
Todavía hay mucha masilla aquí
Hay mucho cedro y palo de rosa
Me gusta ver la forma del relieve
Haciendo olas en el pasto verde
Si pudiera, era mi deseo
Estar aquí por toda la eternidad

Si alguna vez me voy primero, y el compañero está aquí
Sólo una petición de que, en última instancia, para mis hijos, tengo que irme
Quiero al que era mi pilar, y a mi lado siempre quise serlo
La madre que les ofreció el pecho, nunca se olvide de cuidar de ellos!

Composição: Julio Cesar / Ivan Souza