O palanque é alto, mas o chão é macio
É fácil ter honra sentindo zero frio
Você grita a regra do jogo da vida
Da arquibancada, longe da ferida
Opinar não custa, o risco é nulo
Você pula a fogueira sem dar um pulo
Defende a causa, levanta a mão
Mas se a conta chega, tu foge da missão
A moeda no vidro compra a tua paz
Fiz a minha parte, é o que a gente faz
Mas o cofre tá cheio, trancado e seguro
A esmola é o pedágio pra não ver o escuro
É nobre doar o que sobra do prato
Sem sentir a fome, sem sentir o ato
Bondade que não dói no bolso da gente
É só vaidade vestida de presente
Você é contra o tiro, a bomba e o canhão
Desde que o sangue não suje o teu chão
É lindo ser mártir na tela do cinema
Mas na vida real, sai de cena o sistema
Alguém faça algo! Você digita e clama
Enquanto se ajeita no conforto da cama
O mundo precisa de quem se entregue
Mas a gente só vai até onde o pé não persegue
É fácil a bandeira sem o peso da cruz
É fácil o palco longe da luz
Todo mundo quer a paz, mas ninguém quer a guerra
De pisar na mina, de morder a terra
É fácil a bandeira sem o peso da cruz
É fácil o palco longe da luz
Todo mundo quer a paz, mas ninguém quer a guerra
De pisar na mina, de morder a terra
(O discurso é bonito, o sacrifício é raro)
(Bondade sem perda não custa caro)
O palanque é alto, mas o chão é macio
É fácil ter honra sentindo zero frio
Você grita a regra do jogo da vida
Da arquibancada, longe da ferida
Opinar não custa, o risco é nulo
Você pula a fogueira sem dar um pulo
Defende a causa, levanta a mão
Mas se a conta chega, tu foge da missão
A moeda no vidro compra a tua paz
Fiz a minha parte, é o que a gente faz
Mas o cofre tá cheio, trancado e seguro
A esmola é o pedágio pra não ver o escuro
É nobre doar o que sobra do prato
Sem sentir a fome, sem sentir o ato
Bondade que não dói no bolso da gente
É só vaidade vestida de presente
Você é contra o tiro, a bomba e o canhão
Desde que o sangue não suje o teu chão
É lindo ser mártir na tela do cinema
Mas na vida real, sai de cena o sistema
Alguém faça algo! Você digita e clama
Enquanto se ajeita no conforto da cama
O mundo precisa de quem se entregue
Mas a gente só vai até onde o pé não persegue
É fácil a bandeira sem o peso da cruz
É fácil o palco longe da luz
Todo mundo quer a paz, mas ninguém quer a guerra
De pisar na mina, de morder a terra
É fácil a bandeira sem o peso da cruz
É fácil o palco longe da luz
Todo mundo quer a paz, mas ninguém quer a guerra
De pisar na mina, de morder a terra
(O discurso é bonito, o sacrifício é raro)
(Bondade sem perda não custa caro)