Sempre

Eu sei, não meço palavras
Não escrevo recados na palma da mão
Escrevo com os olhos da cara lavada do meu coração
Eu sei que não sei de nada e finjo que entendo a contradição
Escrevo o que nego e que entra na alma pela contramão

Será que existe alguém querendo me dizer alguma coisa
E eu não presto atenção?
Será que existe alguém querendo me dizer alguma coisa?
Sempre

Eu sei que certas ideias são truques baratos da imaginação
Aperto depressa o controle remoto da televisão
Eu sei ciências, história e raros conceitos de educação
Eu como poesia concreta com garfo e a vida com a mão

Será que existe alguém querendo me dizer alguma coisa
E eu não presto atenção?
Será que existe alguém querendo me dizer alguma coisa?
Sempre

Sempre, sempre

Siempre

Lo sé, no mido palabras
No escribo notas en la palma de mi mano
Escribo con los ojos de la cara lavada de mi corazón
Sé que no sé nada, y finjo que entiendo la contradicción
Escribo lo que niego y que entra en el alma de la manera equivocada

¿Hay alguien que quiera decirme algo?
¿Y no presto atención?
¿Hay alguien que quiera decirme algo?
Siempre

Sé que ciertas ideas son trucos baratos de imaginación
Ajustar rápidamente el mando a distancia del televisor
Conozco ciencia, historia y conceptos raros de educación
Como poesía concreta con tenedor y vida con mi mano

¿Hay alguien que quiera decirme algo?
¿Y no presto atención?
¿Hay alguien que quiera decirme algo?
Siempre

Siempre, siempre

Composição: Dudu Falcão / Luciana Andrade