Homenagem a Catulo
Lá no sertão nordestino, onde Catullo nasceu
Nas noites do Ceará foi que ele conheceu
Que só no sertão há beleza e olhando pra natureza, esta canção escreveu
Não há oh, gente, oh não, luar como este do sertão
Depois olhando pro céu, praquele luar sem fim
Viu as matas iluminadas como um imenso jardim
E vendo gemer sem vida, as folhas secas caídas, Catullo cantou assim
Oh, que saudade do luar da minha terra
Prateando lá na serra folhas secas pelo chão
Este luar, cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar do meu sertão
Catullo vendo que a morte se aproximava do leito
Quis que a terra, lá do norte fosse cobrir o seu peito
Pediu pra ser sepultado no seu sertão adorado, para morrer satisfeito
Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
Ser enterrado numa gruta pequenina
Onde a tarde a sururina chora a sua viuvez
Morreu Catullo cearense, o poeta do sertão
Com ele foi sepultado seu amigo violão
Foi seu verso derradeiro, que hoje o Brasil inteiro canta: O luar do sertão
Não há oh, gente, oh não, luar como este do sertão
Não há oh, gente, oh não, luar como este do sertão
Homenaje a Catulo
En el sertão nordestino, donde Catulo nació
En las noches de Ceará fue donde él descubrió
Que solo en el sertão hay belleza y mirando a la naturaleza, esta canción escribió
No hay, oh gente, oh no, luna como esta del sertão
Luego mirando al cielo, para esa luna sin fin
Vio los bosques iluminados como un inmenso jardín
Y al ver gemir sin vida, las hojas secas caídas, Catulo cantó así
Oh, qué nostalgia de la luna de mi tierra
Plateando allá en la sierra hojas secas por el suelo
Esta luna, acá en la ciudad tan oscura
No tiene esa nostalgia de la luna de mi sertão
Catulo viendo que la muerte se acercaba al lecho
Quiso que la tierra, del norte, cubriera su pecho
Pidió ser sepultado en su amado sertão, para morir satisfecho
Ay, quién pudiera morir allá en la sierra
Abrazado a mi tierra y durmiendo de una vez
Ser enterrado en una gruta pequeñita
Donde la tarde la sururina llora su viudez
Murió Catulo cearense, el poeta del sertão
Con él fue sepultado su amigo violão
Fue su verso final, que hoy canta todo Brasil: La luna del sertão
No hay, oh gente, oh no, luna como esta del sertão
No hay, oh gente, oh no, luna como esta del sertão
Escrita por: Jose Fortuna