Histórias Para Ninar Gente Grande

Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
(São verde e rosa, as multidões)

Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra

Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato

Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati

Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês

Historias para canción de cuna grandes personas

Manguera, polvo de los sótanos
Abran paso a tus héroes de la choza
De la Brasis que hace un país de Lecis, Jamelões
(Son verdes y rosados, las multitudes)

Brasil, mi nego
Deja que te lo diga
La historia que la historia no cuenta
El interior fuera del mismo lugar
En la lucha que nos encontramos

Brasil, mi dengo
La manguera ha llegado
Con versos que el libro borró
Desde 1500, hay más invasión que descubrimiento
Tiene sangre retenida en él
Detrás del héroe enmarcado
Mujeres, tamoios, mulato
Quiero un país que no esté en la foto

Brasil, tu nombre es Dandara
Y tu cara es cariri
No vino del cielo
Ni de manos de Elizabeth
La libertad es un dragón en el mar de Aracati

Salvar los caboclos de julio
¿Quién era el acero en los años de plomo
Brasil, el turno ha llegado
Escuchar a las Marías, Mahins, Marielles, Malese

Composição: Danilo Firmino / Deivid Domênico / Mamá / Manu da Cuíca / Márcio Bola / Ronie Oliveira / Tomaz Miranda