Beréu #2
Eu bebo é pra ficar tonto
Aí vou te contar o que eu apronto
Eu bebo é pra ficar tonto
Troco esse som por dois conto
Eu bebo é pra ficar doido
É pra ser um peso, um engodo
Eu bebo é pra ficar ruim
Pra que você saia de mim
Traz a pinga, o torresmo, traz a alma jogada a esmo
Abre a tampa dessa garrafa, abre a cabeça que se safa
Seca o álcool que te sobra, seca a vista que te assombra
Junta o troco que te resta, junta a dignidade que te testa
Onde é que eu desconto a minha raiva, na sua porta ou na sua fuça?
Pra que serve essa cara brava, essa boca torta, essa carapuça?
Beréu #2
Yo bebo para emborracharme
Te contaré lo que hago
Yo bebo para emborracharme
Cambio este sonido por dos billetes
Yo bebo para enloquecer
Para ser una carga, un engaño
Yo bebo para sentirme mal
Para que te alejes de mí
Trae la cachaça, el chicharrón, trae el alma tirada al azar
Abre la tapa de esta botella, abre la mente que se salva
Seca el alcohol que te sobra, seca la vista que te atormenta
Junta el cambio que te queda, junta la dignidad que te desafía
¿Dónde descargo mi rabia, en tu puerta o en tu cara?
¿Para qué sirve esa cara enojada, esa boca torcida, esa coraza?
Escrita por: Léo Nascimento E Paulo Valle