395px

Vieja Paineira

Liu e Léu

Paineira Velha

Paineira velha abandonada
Lá na estrada de meu sertão
Tens uma história de meu passado
Que está guardada no meu coração
Eu a encontrei eras pequena
Em meio ao mato onde nasceu
Todas as tardes eu a regava
E assim depressa você cresceu

Paineira velha na sua sombra
Com minha amada fui tão feliz
Colhendo as flores que você dava
Mas o destino assim não quis
E numa tarde você murchou
E o canarinho emudeceu
Hoje o seu tronco só encontrei
O nome dela e um adeus

Paineira velha daqueles tempos
Já se passaram muitos janeiros
Ainda és tão boa tua sombra amiga
Hoje é pousada dos boiadeiros
Já não existe mais o terreiro
No meu ranchinho o cipó cobriu
E a sua casca cresceu de novo
O nome dela também sumiu

Paineira velha fiel amiga
Nossos destinos são sempre iguais
Se estou contente você floresce
Quando eu padeço suas flores caem
Nascemos juntos paineira velha
Vamos morrer nesta união
De vossos galhos quero uma cruz
De sua madeira quero caixão

Vieja Paineira

Vieja paineira abandonada
En el camino de mi tierra
Tienes una historia de mi pasado
Que está guardada en mi corazón
Te encontré cuando era pequeña
En medio del monte donde naciste
Todas las tardes te regaba
Y así rápidamente creciste

Vieja paineira, en tu sombra
Fui tan feliz con mi amada
Recogiendo las flores que dabas
Pero el destino no lo quiso así
Y una tarde te marchitaste
Y el canario se quedó en silencio
Hoy solo encontré tu tronco
Su nombre y un adiós

Vieja paineira de aquellos tiempos
Han pasado muchos eneros
Todavía es tan buena tu sombra amiga
Hoy es posada de los vaqueros
Ya no existe el corral
En mi ranchito el bejuco lo cubrió
Y su corteza creció de nuevo
Su nombre también desapareció

Vieja paineira, fiel amiga
Nuestros destinos son siempre iguales
Si estoy contento, floreces
Cuando sufro, tus flores caen
Nacimos juntos, vieja paineira
Moriremos en esta unión
De tus ramas quiero una cruz
De tu madera quiero un ataúd

Escrita por: José Forutna