Vai nevar de novo
E a gente cai de novo nessa estrada
A cada inverno espero sua chegada
Memória coletiva
Aspiração universal

Nada parece mudar o ensejo
Entregue-se ao calor do seu desejo
Aquele frio na espinha
Um calafrio descomunal

A sua presença impõe um paradoxo
Se fico mais recluso, durmo e choro
Ou banco o otimista
Postando fotos no varal

Mas quando chega vem fazendo estrago
Sempre haverá um eu despreparado
À espera da sua vinda
No coração do meu quintal

Vai nevar de novo
Sempre, o tempo todo
Tempo caloroso
De se amar de novo, vai

Composição: Lucas Santos Macedo