Insana
eu não venho de outro planeta
moro ali no alto daquela montanha
foi de tanto escutar as estrelas
que eu fui aprendendo essa língua estranha
tive filhos amantes amigos
e a todos amei de uma forma bacana
eu não guardo as fotografias
pois todos eu trago na minha barriga
eu não sei o que é solidão
só o fogo e o som dessa voz insana
que aprendi navegando o corpo
e a alma de um louco
banhado em chama
que me deu de presente esse palco
me pôs nesse céu feito eu fosse uma santa
só pediu bem baixinho: "meu bem
minha irmã, minha mãe, minha filha: canta!"
esse homem, um fora da lei
que andava a esmo
todo dia vem
só porque ao lhe dar de beber
me falou que era rei
e eu achei que era mesmo
Insana
No vengo de otro planeta
Vivo allá arriba en esa montaña
Fue escuchando tanto a las estrellas
Que fui aprendiendo este idioma extraño
Tuve hijos amantes amigos
Y a todos amé de una manera genial
No guardo fotografías
Porque a todos los llevo en mi barriga
No sé lo que es la soledad
Solo el fuego y el sonido de esta voz insana
Que aprendí navegando el cuerpo
Y el alma de un loco
Bañado en llamas
Que me regaló este escenario
Me puso en este cielo como si fuera una santa
Solo pidió muy bajito: 'mi amor
Mi hermana, mi madre, mi hija: ¡canta!'
Este hombre, un fuera de la ley
Que andaba sin rumbo
Viene todos los días
Solo porque al darle de beber
Me dijo que era rey
Y yo creí que lo era de verdad
Escrita por: Ana Terra / Sueli Costa