395px

Helena, Helena, Helena

Lúcio Alves

Helena, Helena, Helena

Talvez um dia, por descuido ou fantasia
Helena, Helena, Helena...
Nos meus braços debruçou
Foi por encanto ou desencanto
Ou até mesmo por meu canto, por meu pranto
Ou foi por sexo ou viu em mim o seu reflexo
Ou quem sabe uma aventura ou até mesmo uma procura
Pra encontrar um grande amor

Mas hoje eu sei que um dia, por faltar telefonema
Helena, Helena, Helena...
Nos meus braços pernoitou
Foi por acaso, por um caso
Ou até mesmo por costume, pra sentir o meu perfume
Dar amor por um programa, dar seu corpo num programa
Hoje vai e nem me chama
Um adeus é o que deixou

Talvez um dia, por esperança ou ser criança
Deixei Helena, Helena...
Com seus braços me guiar
Fui sem destino, tão menino
E hoje eu vejo o desatino, estou perdido numa estrada
Peço ajuda a quem passa, tanto amor pra dar de graça
Todo mundo acha graça
Desse fim que me levou

Maria Helena e seus homens de renome
Entre eles fez seu nome
E entre eles se elevou
Foi sem amor, foi sem pudor
Mas hoje entendo o jeito desses pra salvar seus interesses
Dar seu corpo custa nada e com ar de apaixonada
Em suas rodas elevadas
Seu destino assegurou

Talvez um dia, por desejo de poesia
Helena, Helena, Helena...
Talvez queira dar a mão
Talvez tão tarde, até em vão
Quem saiba eu tenha um rumo à vista ou quem sabe eu nem exista
Ofereço este meu canto a qualquer preço, a qualquer pranto
Não quero amor, não se discute
Eu procuro quem me escute

Helena, Helena, Helena

Tal vez algún día, por descuido o fantasía
Helena, Helena, Helena...
En mis brazos se recostó
Fue por encanto o desencanto
O incluso por mi canto, por mi llanto
O fue por sexo o vio en mí su reflejo
O tal vez una aventura o incluso una búsqueda
Para encontrar un gran amor

Pero hoy sé que un día, por falta de una llamada telefónica
Helena, Helena, Helena...
En mis brazos pernoctó
Fue por casualidad, por un caso
O incluso por costumbre, para sentir mi perfume
Dar amor por un programa, dar su cuerpo en un programa
Hoy se va y ni siquiera me llama
Un adiós es lo que dejó

Tal vez algún día, por esperanza o ser niña
Dejé a Helena, Helena...
Con sus brazos para guiarme
Fui sin destino, tan niño
Y hoy veo la locura, estoy perdido en un camino
Pido ayuda a quien pasa, tanto amor para dar de gracia
Todo el mundo encuentra gracia
De este final que me llevó

María Helena y sus hombres de renombre
Entre ellos hizo su nombre
Y entre ellos se elevó
Fue sin amor, fue sin pudor
Pero hoy entiendo la forma de estos para salvar sus intereses
Dar su cuerpo no cuesta nada y con aire de enamorada
En sus círculos elevados
Aseguró su destino

Tal vez algún día, por deseo de poesía
Helena, Helena, Helena...
Tal vez quiera dar la mano
Tal vez tan tarde, incluso en vano
Quién sabe si tengo un rumbo a la vista o quizás ni exista
Ofrezco este mi canto a cualquier precio, a cualquier llanto
No quiero amor, no se discute
Busco a quien me escuche

Escrita por: