Se alguém ouvir falar,
De alguém que tem dois corações,
Num deles, um rochedo,
No outro, um mar bravío de paixões,
O mar sou eu,
A se jogar,
De encontro àquela pedra,
Que amor não sabe dar,
Se um dia alguém achar.

Os corações que vivo a procurar,
Em forma de uma pérola,
Meu coração, um deles há de ser,
A esperar,
Aquele sol,
Imagem de quem amo,
Que não soube me entender,
Sou o mar e gosto dela,
Vento, joga-me ao rochedo.

Faz de mim o pranto triste,
Dessa pedra que insiste,
Em ocultar os seus segredos,
Sou a pérola esquecida,
Ela o sol, me fez assim,
Que será da minha vida,
Se o alguém que tanto amo,
Não voltar juntinho a mim.

Composição: Lucio Cardim