Defumando Ausencias
Busquei o teu riso claro
Chamei por teu nome mil vezes em vão
Em muitos invernos, ao pé do borralho
Defumei ausências no fogo de chão
Gritei pela madrugada
Lá fora, nem rastro de alguém pra escutar
Um dia uma estrela correu na janela
Me dando notícias que ias chegar
Passei vassoura na sala do rancho
Enxaguei a cuia para te esperar
E quando viestes pra baixo do poncho
Mil sonhos antigos comecei cantar
E desde essa feita não me reconheço
Nem sei se mereço amar e sorrir
Minhas pilchas de gala são os teus carinhos
Que abrem caminhos pra eu prosseguir
Fumando Ausencias
Busqué tu risa clara
Llamé por tu nombre mil veces en vano
En muchos inviernos, junto al fogón
Fumé ausencias en el fuego de tierra
Grité por la madrugada
Afuera, sin rastro de alguien que escuchara
Un día una estrella corrió por la ventana
Dándome noticias de que llegarías
Barri la sala del rancho
Enjuagué la bombilla para esperarte
Y cuando viniste bajo el poncho
Comencé a cantar mil sueños antiguos
Y desde entonces no me reconozco
No sé si merezco amar y sonreír
Mis galas son tus caricias
Que abren caminos para seguir
Escrita por: Telmo de Lima Freitas