Vejo cruzarem os dias de ausente alegria a se derramar
Longe de um peito tapera a bela e um rancho a me esperar
Tão rude é o duro do chão e o meu coração tem sede de andar
Pairando a fronteira a estrela boieira a me acompanhar

Sinto o mundo invertido como tento perdido em trança de seis
Neste olhar embargado enfrenando o passado vou chegar no fim do mês
Enxergo enfim teu lindo jardim ardendo em flor
Lá onde pisando hortelãs em muitas manhãs trocamos amor

Te entrego m'alma agora ela é tua
Meu quarto de Lua já vejo teus traços
Sofro tua ausência serei sempre querência
Pra habitar teu abraço

Composição: Leandro Martins / Zeca da Silva