Folga da lida
Alvoroço da peonada
Canha na guampa é munício
Pra quem vai pras carreiradas
Hoje é domingo
Na estância só o caseiro
Pro rumo das querendonas
O das confiança é o sogueiro
Quem ombreia nas estâncias
O domingo tem destino
Tava, carreira ou cambicho
Num pelego de merino
Quem vive da lida bruta
Sabe bem como se faz
Já nem bem clareia o dia
Fica a estância pra trás
O povoado é rumo certo
Pra ver as boca pintada
Um bailongo, uma carpeta
Um fandango de ramada
Vai o pingo bem tozado
E bem tapeado um chapéu
De um gaúcho a trote largo
Entre o rio grande e o céu
A bombacha sete panos
O de seda à meia espalda
Borrachão firme nos tentos
Já com a coragem na alma
É quando a saudade aperta
Na falta de algum alento
Perde a doma e vai pro povo
Pra dar boia ao sentimento