João Manuel Aramburu
A laço, bola e maneio lidando com gado alçado
Rondando tropas alheias bem assim que eu fui criado
Meio ruído pelas traças eu me embretei na cidade
Sentado em banco de praça sentindo o peso da idade
Nas minhas noites de insônia eu fico horas pensando
Recorro o quarto dos netos como se tivesse rondando
A vicentina se acorda e me abraça com carinho
Ela sabe o que se passa na mente deste velhinho
Meus olhos ficam molhado volto pra cama aos passinhos
Sou um poncho velho encharcado cuarando devagarinho
Esta vanera é homenagem a todos já tropearam
E hoje vivem de saudade dos tempos bom que passaram
João Manuel Aramburu
Con lazo, bola y manejo lidiando con ganado alzado
Rodeando tropas ajenas así es como fui criado
Un poco perdido entre las polillas me enredé en la ciudad
Sentado en un banco de plaza sintiendo el peso de la edad
En mis noches de insomnio paso horas pensando
Recorro la habitación de los nietos como si estuviera rondando
Vicentina se despierta y me abraza con cariño
Ella sabe lo que pasa en la mente de este viejito
Mis ojos se humedecen, vuelvo a la cama despacito
Soy un poncho viejo empapado secándose lentamente
Esta vanera es un homenaje a todos los que han tropezado
Y hoy viven añorando los buenos tiempos que pasaron